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“Estamos virando a página”, diz ABPA sobre a Carne Fraca

By Gabriela Machado | Notícias | 0 comment | 8 Maio, 2017 | 0

A Associação Brasileira de Proteína Animal está confiante. Quase dois meses após a deflagração da Operação Carne Fraca, que investigou frigoríficos e comercializadoras de proteína animal brasileira e causou grande furor internacional, as coisas voltam a se acalmar e o mercado dá sinais de recuperação. Foi sobre este cenário que conversamos com representantes da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal). Confira abaixo:


Myleus: Quais foram os impactos da Operação Carne Fraca para a indústria de proteína animal? Quais foram as medidas tomadas pela indústria?

 

Sr. Francisco Turra, Presidente-executivo da ABPA

Francisco Turra – Há pouco mais de um mês, os consumidores brasileiros foram surpreendidos com a deflagração da Operação Carne Fraca. A investigação, legítima e necessária, mirava uma minoria que não representa nem 0,1% dos frigoríficos do país. Mas, com tantas generalizações na divulgação, a maioria que trabalha corretamente acabou pagando o preço gerado pela apreensão e espetacularização.

A avicultura e a suinocultura do país sofreram um baque significativo, após a suspensão temporária das importações por vários mercados. Em março, os embarques de frango para a China — o segundo maior comprador do Brasil — caíram 30%. Restrições também ocorreram por outros players importantes como Hong Kong e Chile, revertendo o cenário positivo do primeiro bimestre do ano.

Hoje, o alimento produzido em nossas terras está nas mesas do mundo inteiro. Somos líderes na exportação de carne de frango, que chegou a 203 países dos cinco continentes nas últimas quatro décadas — representando nada menos que US$ 94 bilhões em receitas. Com os suínos, estamos na quarta posição, levando 9,3 milhões de toneladas do nosso produto para cerca de 120 nações em 40 anos.

Em todo o país, entre empregos diretos e indiretos, mais de 4,1 milhões de pessoas são beneficiadas pela cadeia de aves e suínos. Na Região da Produção, especialmente, o setor é responsável pela renda de milhares de trabalhadores, impulsionando o desenvolvimento dos municípios ao envolver uma ampla cadeia produtiva.

Pois apenas um dia colocou todo esse patrimônio em risco. As especulações e erros de interpretação causaram confusão aqui e pelo mundo afora. Mas, passado o calor do momento, a opinião pública percebeu que eram casos isolados, não um problema generalizado do setor. Com isso, a confiança vai, aos poucos, se restabelecendo.

Em todo o país, entre empregos diretos e indiretos, mais de 4,1 milhões de pessoas são beneficiadas pela cadeia de aves e suínos. […] Pois apenas um dia colocou todo esse patrimônio em risco.

O estrago à imagem aconteceu, é verdade. Porém, com o trabalho árduo de diversos atores do setor e a ação ágil, disciplinar e eficaz do Ministério da Agricultura, o nível de exportações já mostra melhoras. Não demorou até que os grandes importadores revisassem suas decisões, liberando novamente as compras de nossa carne. Se nossos concorrentes não tivessem uma situação sanitária problemática, teríamos perdido vários mercados conquistados. Em síntese: o tempo passou, e o caos anunciado pela operação se mostrou irreal.

A história centenária de trabalho e o atestado de qualidade do agronegócio gaúcho e brasileiro não serão apagados pelos erros de tão poucos. Mesmo com gigantes obstáculos internos, conseguimos vencer adversários competitivos e firmar o país como referência global no setor de carnes.

E como chegamos tão longe? Graças, em primeiro lugar, ao empenho de nossos produtores, que investem em tecnologia e nas melhores práticas de produção. Isso gera um produto com notável segurança sanitária, reconhecido mundialmente com certificações globais. Empreendedores, técnicos, homens e mulheres dos campo e líderes públicos movem, dia após dia, essa grande cadeia produtiva.

O mercado da carne vem se recuperando desde a Operação Carne Fraca

Estamos virando a página. Mais uma vez, o campo mostrou sua força para superar desafios. Aos poucos, vamos recuperando terreno internacional. Recentemente, estive com representantes do setor nos Estados Unidos, México, esclarecendo sobre o problema e o que o país tem feito para enfrentá-lo. Ações também estão foram realizadas em nações como Egito e Irã. A resposta foi muito positiva.

Por aqui, esperamos que a Polícia Federal e a Justiça prossigam com as investigações, responsabilizando todos os infratores. E, de nossa parte, seguiremos investindo naquilo que nos distingue: a qualidade. Pois os brasileiros, assim como os mercados do exterior, são muito exigentes. E responderemos com um produto cada vez melhor.

Erros isolados e generalizações não reduzirão a pó uma história construída por milhões de pessoas. O campo move o país. É orgulho de todos os brasileiros. É exemplo de trabalho e perseverança. As lições das semanas que passaram servirão para nos fortalecer.

Ainda é muito cedo para quantificar impactos financeiros. Na primeira semana, apenas com os embargos totais, calculamos um número próximo de US$ 40 milhões para aves e suínos. O número, entretanto, vai muito além disso: há prejuízos com a logística perdida ou desnecessária, com a perda de vendas no período imediato ou futuro, os custos para o trabalho de recuperação de imagens. Há uma conta intangível neste contexto, também, sobre a honra de quem dedica diariamente seus esforços por um setor que prima pela qualidade. Veja que, conforme divulgação ocorrida esta semana, as perdas de valor de empresas do setor somadas superara R$ 5 bilhões desde a Operação.

Muito já explicamos por meio da grande imprensa, que percebeu os absurdos que se construíram em torno da divulgação da Operação. Há um longo trabalho de conscientização que, entretanto, será feito. A primeira onda de informações passou, e conseguimos atuar de forma incisiva para diminuir os danos. As próximas ondas, agora, será um trabalho mais intenso e detalhado junto aos formadores de opinião de toda a sociedade – da imprensa aos profissionais da área da saúde – para lembra-los daquilo que tantas vezes já dissemos e comprovamos: a proteína animal do Brasil é uma das melhores do mundo. Poucos sistemas de inspeção e vigilância sanitária se comparam ao Brasileiro.

Somos uma produção altamente globalizada pela luta que empenhamos há décadas para a abertura das portas dos cinco continentes para nossos produtos. São anos e anos de negociações até a abertura de um mercado. Alguns mercados vão além disso. É um processo difícil, detalhado. Cada um dos 160 países nos quais atuamos tem uma demanda específica que precisamos atender. Cada mercado tem produtos específicos que precisamos suprir com altíssima qualidade e excelência, em prazos e especificações exatas. É um know how construído ao longo de 5 décadas e bilhões de reais em investimentos.

Indústria para exportação de frango tipo griller

Nossa indústria é extremamente versátil, e atende às variadas demandas. O mercado chinês, por exemplo, é um grande demandante de patas, asas e outros cortes. O Japão importa o Kakugiri, um corte bastante específico para o mercado. O Oriente Médio é importador de griller e de outros produtos sob certificação halal, que segue os preceitos islâmicos. Essa versatilidade é um dos fatores que nos faz o maior exportador de proteína animal do mundo.

Outro ponto importante é nosso status sanitário. Somos o único grande produtor de carne de frango do mundo a nunca registrar casos de Influenza Aviária em nosso território. Também permanecemos livre de enfermidades como Peste Suína Clássica e Diarreia Suína Epidêmica . A alta tecnologia que empregamos em nosso sistema produtivo, fruto de décadas de trabalho e investimentos na cadeia produtiva permitiram ao país alcançar patamares ímpares de qualidade e sanidade.

Apesar de tudo isto, a recuperação de nossa imagem nacional e internacional não será um processo fácil.

Myleus: Quais são os desafios daqui para frente?

Ricardo Santin, Vice-Presidente e Diretor de Mercados da ABPA

Ricardo Santin – O grande desafio que temos é reduzir os efeitos e melhorar ainda mais nossa imagem internacional, impactada pelos equívocos divulgados na operação.  Estamos em um grande esforço neste sentido, com uma série de ações planejadas.  Nosso presidente, Francisco Turra, esteve recentemente nos EUA e México com este objetivo.  Eu estive recentemente no Egito e já embarquei para Cartagena, onde acontece um encontro do IPC – com representantes da avicultura mundial, de onde escrevo estas respostas.  Aqui, estou com representantes dos grandes produtores avícolas mundiais, apresentando nossos esclarecimentos.  Em breve, partirei para uma missão com o Ministério da Agricultura.  Farei a parte Asiática e do Oriente Médio nesta missão.  Já o presidente Turra cumprirá agenda na Europa.  Temos previsto uma infinidade de ações em nosso SIAVS, programado para o fim de agosto, no Anhembi, em São Paulo – dentre elas, o Projeto Imagem, com 50 jornalistas estrangeiros, para prestar esclarecimentos e valorizar nossos sistema produtivo, nossas marcas e nossos produtos.  Há outras ações em vista dentro de nossos Projetos Setoriais, em parceria com a Apex-Brasil, na Alemanha e outros mercados fundamentais.  São muitas as iniciativas já programadas.  O esforço é grande, mas os avanços já estão ocorrendo.

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ABPA, Carne fraca

Gabriela Machado

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